A estadualização do Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, foi considerada um passo importante para a saúde pública no Litoral Norte de Santa Catarina. A avaliação é do ex-prefeito Fabricio Oliveira, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Estado do Planejamento de Santa Catarina.
Segundo ele, embora o hospital tenha sido projetado para atender exclusivamente Balneário Camboriú, atualmente cerca de 40% a 45% dos atendimentos são realizados para pacientes de outros municípios. O ex-prefeito foi entrevistado na quarta-feira, 2, no programa Bote a Boca no Trombone da Rádio Menina FM.
“Nós trabalhamos para que isso acontecesse durante todo o governo, incluindo os outros municípios, na participação dessa divisão de responsabilidades. Haveria duas soluções para isso, ou a região com os municípios colaborar e dividir essa gestão ou, junto com o levantamento de toda a situação hospitalar da região, poder direcionar melhor a gestão do Estado. Então, nós deixamos, realmente, tudo isso muito preparado para que pudesse acontecer. Isso não aconteceu de uma hora para outra”, explicou.
A estadualização vem ao encontro do crescimento acelerado da população, especialmente no litoral, que tem registrado os maiores índices demográficos do Estado. Para o ex-prefeito, é fundamental que o hospital disponha de uma estrutura adequada para atender à nova realidade.
“A questão do Ruth Cardoso, ele não é só uma questão financeira, ele tem que ser uma questão estrutural, ele tem que ter condições estruturais de atendimento. Sempre teve essa necessidade. Ele foi projetado e construído para uma população, para atender Balneário Camboriú, ele foi adaptado à porta aberta (para outros municípios)”, reforçou Fabricio.
Ele também comentou a gestão do governador Jorginho Mello, destacando o aumento expressivo dos investimentos estaduais nos últimos dois anos e os avanços nas cirurgias eletivas, que ajudam a desafogar os atendimentos de urgência e emergência do hospital.
Apesar de o atual governo ter suspendido a proposta de gestão por organização social (OS), o ex-gestor defende o modelo como forma de garantir mais agilidade e eficiência no atendimento.
“Nós fizemos um estudo para fazer com a organização social, para que justamente nós pudéssemos, além disso, independente se é o Estado ou o município que estaria tocando ou sendo responsável financeiramente pelo hospital, uma gestão otimizada, com mais agilidade. Quando você fala numa gestão por um instituto, você fala também de que você vai ter agilidade em processos importantes, então é muito importante a terceirização do hospital”, afirmou.

