Um menino, de cinco anos, morreu na tarde de sexta-feira, 11, após um quadro de meningite bacteriana. A criança estava internada no Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, após ser transferida do Pronto Atendimento da Barra, em coma induzido. A família alega negligência por parte do Hospital Ruth Cardoso, onde o menino passou quatro vezes antes de procurar uma unidade de atendimento. 

Segundo informações repassadas ao Diarinho, os pais do garoto, que vieram do Haiti, levaram o menino na semana retrasada uma sequência de vezes no Hospital Ruth Cardoso, no entanto voltavam apenas com remédios, “falavam que era uma virose, uma gripe comum, e não pediram exames, nada”, contou a família. 

Com a realização de exames foi descoberto, que a criança estava com meningite bacteriana e tuberculose. Segundo às informações, o menino passou a semana no hospital recebendo atendimento médico. “Estão a semana inteira tentando salvar a vida dele. Hoje, chegaram a falar que iriam desligar os aparelhos para ver se ele voltava, mas não deram esperança para os pais, pois os órgãos não estão respondendo e deram como morte cerebral”, completaram.

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No entanto, por volta das 16h de sexta-feira, 11, o menino não resistiu e faleceu no hospital. Uma amiga da família ressaltou: “Esse Hospital Ruth Cardoso tem que ser investigado, porque não é possível tanta falta de respeito com a vida de um ser humano”, destacou. 

A Direção do Hospital Ruth Cardoso divulgou, em nota, que às informações acerca de negligência por parte do hospital são falsas. A administração informou que todos os atendimentos realizados ao menino seguiram protocolos médicos. A administração também informou que o paciente deu entrada no dia 26 de junho, com dores mas sem local específico e não apresentava evidências clínicas que indicassem, naquele momento, quadro de gravidade.

Ainda segundo a direção o menino “foi prontamente avaliado por profissional médico, o qual, observando os protocolos assistenciais e diretrizes clínicas vigentes, instituiu tratamento medicamentoso pertinente e monitorou a evolução do quadro”, explicou.

A nota também ressaltou: “Seria leviano, e profundamente desrespeitoso com os profissionais envolvidos, atribuir a eles a responsabilidade por uma condição de saúde que, à época da consulta, não se apresentava de forma manifesta, nem era previsível a partir dos elementos clínicos então disponíveis”.

A direção também informou: “Essa criança esteve apenas uma vez em atendimento no mês de junho no nosso hospital. E 15 dias antes de, infelizmente evoluir a óbito”.

Leia a nota na íntegra:

Hospital Municipal Ruth Cardoso – Balneário Camboriú/SC

É falsa a informação veiculada por alguns veículos de imprensa que tentam, de maneira irresponsável e infundada, atribuir ao Hospital Municipal Ruth Cardoso e à sua equipe assistencial uma suposta negligência no atendimento prestado a uma criança que veio a óbito dias após passagem por esta unidade.

Diante da gravidade da acusação e do evidente prejuízo que ela causa à confiança da população, a Direção Geral do Hospital vem a público esclarecer os fatos:

O referido paciente deu entrada em nossa unidade no dia 26 de junho de 2025, apresentando sintomas algicos sem local específico, sem evidências clínicas que indicassem, naquele momento, quadro de gravidade. Foi prontamente avaliada por profissional médico, o qual, observando os protocolos assistenciais e diretrizes clínicas vigentes, instituiu tratamento medicamentoso pertinente e monitorou a evolução do quadro algico.

Não havendo, à época, critérios técnicos que justificassem internação hospitalar ou medida de intervenção adicional, e tendo em vista a evolução estável do paciente durante o período em que permaneceu sob observação (inferior a 6 horas), foi concedida alta médica com as orientações de praxe.

A criança veio a procurar novamente atendimento, nove dias após a alta hospitalar, junto à Unidade de Pronto Atendimento da Barra, no dia 6 de julho, sendo posteriormente transferida ao Hospital Pequeno Anjo, onde, lamentavelmente, evoluiu a óbito.

É imprescindível esclarecer que não se pode imputar a este Hospital ou a seus profissionais qualquer responsabilidade, tampouco alegar negligência, uma vez que todos os procedimentos adotados seguiram rigorosamente os protocolos clínicos estabelecidos. Seria leviano, e profundamente desrespeitoso com os profissionais envolvidos, atribuir a eles a responsabilidade por uma condição de saúde que, à época da consulta, não se apresentava de forma manifesta, nem era previsível a partir dos elementos clínicos então disponíveis.

O Hospital Municipal Ruth Cardoso solidariza-se com os familiares do paciente neste momento de profunda dor e luto, e reitera seu compromisso com a transparência, a ética, a segurança do paciente e a qualidade na prestação do cuidado em saúde. Permanecemos à disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos adicionais, assegurando, sempre, o respeito à intimidade e à dignidade dos envolvidos.

Atenciosamente,
Direções Geral e Técnica
Hospital Municipal Ruth Cardoso
Balneário Camboriú – SC


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Source jornaltribuna

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