A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira, 19, o reajuste anual da tarifa de energia da Celesc. O aumento médio será de 13,53% e passa a valer a partir do dia 22 de agosto de 2025 em toda a área de concessão da distribuidora em Santa Catarina.
O impacto varia conforme o perfil de consumo: para residências, que representam mais de 90% dos clientes, a elevação será de 12,3%. Já para os consumidores do grupo A (alta tensão, como grandes indústrias), o índice chega a 15,8%. No grupo B, que inclui pequenos comércios e propriedades rurais, o aumento médio será de 12,41%.
Segundo a Celesc, mesmo com a atualização, a tarifa residencial permanece abaixo da média nacional. A companhia também destacou que o reajuste acumulado nos últimos cinco anos segue inferior ao Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM).
Leia também: Prefeito Leonel Pavan fala sobre polêmica envolvendo o Camboriú FC; assista a entrevista
Encargos setoriais puxaram alta
De acordo com a distribuidora, o principal fator para o aumento foi o crescimento de 36% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo federal que financia programas como a Tarifa Social de Energia Elétrica, subsídios para fontes renováveis e o programa Luz para Todos.
Apenas 1,04% do reajuste médio foi atribuído à chamada Parcela B, que cobre custos operacionais e investimentos da Celesc. O restante está ligado à encargos setoriais, definidos por políticas públicas e repassados obrigatoriamente às contas de luz.
Medidas provisórias recentes também influenciaram na alta, como a ampliação de benefícios da Tarifa Social e mudanças no modelo de arrecadação da CDE.
Histórico recente
Em anos anteriores, os reajustes haviam sido mais baixos. Em 2023, a tarifa residencial subiu 3,64%, abaixo da inflação do período, enquanto clientes industriais tiveram redução média de 0,81%. Já em 2024, o aumento médio foi de 3,02%.
Matéria por: Manuela Córdova – estagiária de Jornalismo

