Uma confusão provocada pela retirada do totem de um restaurante no edifício Terraços da Rainha terminou com a Polícia Militar sendo acionada para conter os envolvidos e a interdição do estabelecimento no início da tarde desta quarta-feira, 15, em Balneário Camboriú.
O caso aconteceu por volta das 12h, quando o totem do restaurante foi retirado da entrada do prédio por um segurança do condomínio, que alegou cumprir decisão tomada em assembleia de moradores, determinando que o objeto não poderia mais permanecer no local. A atitude provocou descontentamento de um dos líderes e também do proprietário do estabelecimento comercial. Irritados com a situação, eles foram tirar satisfações com o segurança e o zelador do condomínio, e a partir daí teve início uma discussão, com relatos de agressões de ambas as partes. A reportagem da Rádio Menina esteve no local e ouviu os envolvidos.
O que dizem os envolvidos
O zelador relatou que apenas obedeceu às ordens do síndico, após a assembleia definir que o totem não poderia mais permanecer no hall de entrada. No primeiro momento, o segurança do restaurante foi até o local, conversou com o zelador e informou que avisaria o proprietário sobre a remoção. Nesse momento, o totem foi guardado na sala de administração, segundo ele, para ser retirado pelos responsáveis na sequência.
O líder e o proprietário do restaurante chegaram ao hall do prédio logo em seguida. Ainda de acordo com o zelador, eles teriam arrombado a porta da sala de administração com um chute e jogado objetos no chão. Ele também afirmou ter sido agredido com empurrões e um soco no braço, além de ter sido alvo de duas cusparadas.
O trabalhador relatou ainda que foi ameaçado e humilhado pelo empresário com a seguinte frase: “Você é um merd@. Funcionário de bost@, você ganha mil reais, vou acabar com a sua vida, eu posso tudo aqui, eu conheço todo mundo.”
A versão do líder do restaurante diverge da apresentada pelo zelador. Segundo o representante, o totem pertencia ao estabelecimento e foi removido “à força” pela equipe de segurança. Ele reconheceu que sabia da proibição, mas reiterou que havia uma placa indicando que seria aplicada uma multa pela colocação do objeto (veja na imagem abaixo), e não a remoção, como ocorreu. Também causou estranheza, segundo ele, o fato de o proprietário do restaurante não ter sido convidado a participar da assembleia que proibiu a presença do totem no hall de entrada.
Quando o proprietário foi impedido de buscar o totem pertencente ao restaurante na sala de administração, a confusão começou. Ele disse que o segurança afirmou ser “federal” e o agrediu com empurrões e chutes, além de ter dado um tapa em sua mão para impedir que a situação fosse gravada. O zelador também teria participado das agressões. O líder afirmou ainda ter sofrido agressões e contou que ele e o empresário foram impedidos de sair da sala de administração com o totem pelo segurança e pelo zelador.
A Polícia Militar esteve no edifício Terraços da Rainha, conteve os ânimos e orientou os envolvidos. O comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Rafael Vicente, afirmou que o restaurante foi interditado temporariamente após a confusão. “Foram feitos termos circunstanciados, boletins de ocorrência e vários outros documentos, mas o local permanece interditado até segunda ordem”, destacou.
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