O presidente da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, Marcos Kurtz (PODEMOS), usou a tribuna na noite de quarta-feira, 27, para rebater acusações feitas pelo vereador Renan Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Kurtz, o colega o apelidou de “Xandão de BC” e afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se espelhava nele.
Em resposta, Kurtz declarou que, já que Renan gosta de fazer comparações com os outros, também decidiu compará-lo: “Renan Tiririca do PL de BC”, porque, segundo ele, pior do que está não fica.
Ainda durante a fala, Kurtz apontou que o vereador pedia para discutir situações em plenário, mas não participava dos debates. “Não discute, não abre a boca e, quando fala, é fora de hora. Fica resmungando toda hora aqui”, afirmou.
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O presidente também disse não entender a atuação de Renan na Casa Legislativa. “Porque o senhor não fala, não resmunga… está lá, está aqui, fazendo não sei o quê. Então, acho que esse nome pegaria muito bem: Renan Tiririca do PL de BC”.
Entrevista na Rádio Menina
Em entrevista à Rádio Menina, na manhã desta quinta-feira, 28, Kurtz explicou que a situação começou ainda na quarta-feira, 20, após uma moção ser colocada em pauta. Quando a sessão foi encerrada, o vereador Jair Renan teria começado a gritar e a cobrar que o presidente cuidasse do regimento interno.
“Eu disse: ‘mas, vereador, o que o senhor está querendo? O que eu fiz de errado? Fala aí, então. Se eu fiz algo de errado, o senhor fala’. E ele não falava nada, óbvio, porque não sabia o que dizer. Questionei várias vezes e, no fim, ele me chamou de ‘Xandão de BC’”, relatou Kurtz.
Ainda segundo o presidente da Câmara, após o episódio ele teria dito a frase “vai roubar pra ser preso”, que, de acordo com ele, é uma expressão usada para pedir que a pessoa pare de incomodar.
Na terça-feira, 26, Renan usou a tribuna para questionar Kurtz e afirmou que ele teria dito que Jair Bolsonaro seria preso. O presidente, então, respondeu que traria as explicações na sessão seguinte, já que seu tempo de fala havia se esgotado.
Na quarta-feira, 27, o presidente então usou a tribuna e fez a comparação com o deputado federal Tiririca. “Eu fiz a comparação com o Tiririca porque ele estava me comparando com várias pessoas, então me senti no direito também de compará-lo. E a pessoa mais próxima que achei foi um amigo dele, do próprio PL, o deputado federal Tiririca”, completou Kurtz.